Atendendo a um convite mais que especial do meu
amigo e colega de faculdade, Leandro Custódio ( autor do blog musitávola), para
escrever algo relacionado à minha vivência e prática com o canto, resolvi
compartilhar com os demais internautas que acessam este site, sobre o que nós,
cantores, podemos falar desta prática que faz parte do cotidiano das nossas
vidas.
A vocação pelo canto surgiu quando eu era ainda
criança. Meu pai me ouviu, aos 11 anos de idade, cantando “Music and me”
interpretada pelo incrível Michael Jackson quando este ainda era muito jovem.
Eu estava no meu quarto com a porta trancada e meu pai e minha mãe ficaram me
ouvindo e imediatamente ele, sendo músico, resolveu me incentivar nessa arte e
de lá pra cá tem sido essa a minha maneira de me expressar artisticamente e
recomendo a todos que sentem tal aptidão.
Acredito que à medida que estudamos, investimos em
treinamento, exercícios, técnicas, apreciações, a tendência natural é que nos
tornemos bons executores daquilo pelo qual dedicamos todo esse tempo na busca
por aperfeiçoamento. No canto é exatamente igual. Todo este investimento
pessoal, sua dedicação somados ao dom, a vocação, o talento e a vontade são
imprescindíveis para a formação de um bom cantor.
Porém, mesmo aquele que dispõe de todos esses
artifícios, ainda sim pode ser refém de algo que até mesmo os artistas mais
experientes sentem, mesmo durante longos anos de vivência musical: o nervosismo
ao subir num palco.
É impressionante a quantidade de relatos de
artistas de renome que compartilham dessa sensação diante de uma multidão de
espectadores ou até mesmo num lugar pequeno para uma platéia bem reduzida, num
show com estruturas bem menores.
Já tive a experiência de cantar para um grande
número de pessoas e consegui evitar o nervosismo e me dar bem no palco, porém
não é sempre que essa dádiva acontece (risos).
A apresentação que fiz na UECE em homenagem ao dia
internacional da mulher, cantando as músicas Hallelujah e Someone like you
(Jeff Buckley e Adelle respectivamente) me fizeram perceber como o nervosismo
que adquirimos antes e às vezes durante a apresentação, podem influenciar na
nossa maneira de atuar no palco, nosso posicionamento corporal e respiração.
Senti-me um pouco (porque não dizer muito rsrs)
nervosa para esta apresentação citada acima. E percebi que a respiração foi
afetada imediatamente. O corpo também fica mais tensionado impossibilitando
mais liberdade de movimentos e expressão.
Conclui que devemos estar atentos e sempre mais
preparados para tais situações e que para superarmos nossas dificuldades
enquanto cantores vale ressaltar a importância do trabalho básico de aquecimento
vocal (exercícios de respiração, ressonância e relaxamento), ensaios e muita
vontade de querer exercer da melhor maneira possível, uma das mais belas e
prazerosas sensações a que se pode vivenciar: Soltar a voz, a emoção e cantar e
cantar e cantar!
Hellen Ramalho.
Hellen Ramalho.
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