quarta-feira, 14 de março de 2012

Impressões sobre o canto: Atuação, postura, respiração e expressão.







Atendendo a um convite mais que especial do meu amigo e colega de faculdade, Leandro Custódio ( autor do blog musitávola), para escrever algo relacionado à minha vivência e prática com o canto, resolvi compartilhar com os demais internautas que acessam este site, sobre o que nós, cantores, podemos falar desta prática que faz parte do cotidiano das nossas vidas. 
A vocação pelo canto surgiu quando eu era ainda criança. Meu pai me ouviu, aos 11 anos de idade, cantando “Music and me” interpretada pelo incrível Michael Jackson quando este ainda era muito jovem. Eu estava no meu quarto com a porta trancada e meu pai e minha mãe ficaram me ouvindo e imediatamente ele, sendo músico, resolveu me incentivar nessa arte e de lá pra cá tem sido essa a minha maneira de me expressar artisticamente e recomendo a todos que sentem tal aptidão.
Acredito que à medida que estudamos, investimos em treinamento, exercícios, técnicas, apreciações, a tendência natural é que nos tornemos bons executores daquilo pelo qual dedicamos todo esse tempo na busca por aperfeiçoamento. No canto é exatamente igual. Todo este investimento pessoal, sua dedicação somados ao dom, a vocação, o talento e a vontade são imprescindíveis para a formação de um bom cantor.
Porém, mesmo aquele que dispõe de todos esses artifícios, ainda sim pode ser refém de algo que até mesmo os artistas mais experientes sentem, mesmo durante longos anos de vivência musical: o nervosismo ao subir num palco.
É impressionante a quantidade de relatos de artistas de renome que compartilham dessa sensação diante de uma multidão de espectadores ou até mesmo num lugar pequeno para uma platéia bem reduzida, num show com estruturas bem menores.
Já tive a experiência de cantar para um grande número de pessoas e consegui evitar o nervosismo e me dar bem no palco, porém não é sempre que essa dádiva acontece (risos).
A apresentação que fiz na UECE em homenagem ao dia internacional da mulher, cantando as músicas Hallelujah e Someone like you (Jeff Buckley e Adelle respectivamente) me fizeram perceber como o nervosismo que adquirimos antes e às vezes durante a apresentação, podem influenciar na nossa maneira de atuar no palco, nosso posicionamento corporal e respiração.
Senti-me um pouco (porque não dizer muito rsrs) nervosa para esta apresentação citada acima. E percebi que a respiração foi afetada imediatamente. O corpo também fica mais tensionado impossibilitando mais liberdade de movimentos e expressão.

Conclui que devemos estar atentos e sempre mais preparados para tais situações e que para superarmos nossas dificuldades enquanto cantores vale ressaltar a importância do trabalho básico de aquecimento vocal (exercícios de respiração, ressonância e relaxamento), ensaios e muita vontade de querer exercer da melhor maneira possível, uma das mais belas e prazerosas sensações a que se pode vivenciar: Soltar a voz, a emoção e cantar e cantar e cantar!

Hellen Ramalho.

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